Cotidiano

Uma nova Ponte Molhada

Pouca gente sabe onde o fica o Parque Municipal Salto Portão, mas quando se fala em “Ponte Molhada” fica mais fácil a localização do espaço público, um verdadeiro cartão-postal de Cascavel que se encontra abandonado há anos e cada vez mais destruído pela ação de vândalos e pela própria ação do tempo.

A última revitalização do parque aconteceu em 2010. Depois disso, o MP (Ministério Público) chegou a cobrar ações do Município, inclusive com sugestão de terceirização para uma nova revitalização, mas nunca aconteceu.

Com uma área de cinco alqueires e uma exuberante cachoeira de 30 metros, o Salto Portão ficou conhecido por Ponte Molhada devido à água que passa sobre uma ponte antes de se dar seu show na queda.

Mesmo abandonado, a população frequenta o parque devido à sua beleza. No local há muitos anos foram construídos quiosques e churrasqueiras, trilhas para caminhada, passarela e mirante próximos ao rio, mas tudo está abandonado.

 

Primeiro passo

Nessa segunda-feira, servidores da Secretaria de Meio Ambiente estiveram no local e iniciaram estudo para a revitalização do espaço, que deve acontecer em parceria com a Cohavel (Companhia de Habitação de Cascavel).

Hoje o presidente da Cohavel, Nei Haveroth, e o secretário de Meio Ambiente, Romulo Quintino, estarão no local para novos levantamentos.

José Luiz Ferreira, gestor ambiental da Secretara de Meio Ambiente, conta que a proposta é ter três ou quatro projetos para posteriormente definir qual será o mais conveniente.

Uma das propostas é a revitalização completa do espaço, com instalação de luminárias, água tratada e reestruturação da escadaria que dá acesso à cachoeira principal. Para evitar atos de vandalismo, uma das ideias é ter um guarda patrimonial morando no local.

Independente do projeto escolhido, a revitalização começará pela escadaria que está com degraus apodrecidos ou que foram arrancados por vândalos. Isso tornou o espaço perigoso aos frequentadores do local. “Outra opção seria um local com menos estrutura, mas o que agente quer é oferecer um local bem legal para lazer”, diz Ferreira.

Terceirização

Outra proposta em estudo, segundo o secretário Romulo Quintino, é a terceirização do espaço. Um projeto deve ser protocolado nos próximos dias na Câmara dos Vereadores. Nesse caso, o Município faria a revitalização completa do local, criaria uma espécie de praça de alimentação que seria tocada por terceiros. Também está em estudo a construção de um museu e uma tenda para comércio de produtos oriundos do campo.

Parceria

Após a revitalização do espaço, uma das propostas é buscar parceria com a Ecocataratas, concessionária que administra o pedágio na BR-277, para a redução do valor do pedágio aos frequentadores do parque que atualmente precisam desembolsar R$ 25 entre ida e volta. “Dentro do nosso planejamento está essa possibilidade”, adianta José Luiz Ferreira.