Cotidiano

Será o fim dos lixões a céu aberto?

Um grave problema urbano começa a ser enfrentado em Cascavel: o despejo irregular de inservíveis será combatido com campanhas educativas, destinação adequada dos resíduos e geração de emprego as famílias quem vivem da coleta nas ruas.

A partir do próximo ano está prevista a implantação de Ecopontos – barracões construídos para recebimento, separação e destinação adequada de resíduos que não são recolhidos pelos caminhões da coleta urbana. A facilidade de acesso tende a evitar que os moradores joguem materiais em áreas públicas, particulares e até de proteção ambiental.

Serão cinco estruturas de 400 metros quadrados construídas no Conjunto Quebec, Bairro Santa Cruz, Bairro Cascavel Velho, Bairro Interlagos e Bairro Brasília – regiões incluídas no Território Cidadão e, conforme levantamento da Itaipu Binacional, contam com mais famílias que fazem coleta de recicláveis. Apenas o barracão do Interlagos será um pouco maior – terá 650 metros quadrados e será licitado separado.

As licitações serão abertas e, após a definição das empresas vencedoras, em oito meses os barracões devem entrar em funcionamento, ou seja, previsão para agosto de 2019.

Além das construções estão previstos equipamentos, caminhões, esteiras, uniformes e EPIs (Equipamentos de Proteção Individuais). Tudo está garantido por meio de parceria do poder público com o Instituto das Águas e a Itaipu – o custo estimado é de R$ 13,4 milhões. “Esses materiais não podem ser descartados no lixo comum, por isso vamos facilitar o acesso dos moradores a pontos adequados. Os materiais vão gerar emprego e renda aos catadores de lixo”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Alcione Gomes.

Moeda verde

Os moradores que levarem os materiais até esses Ecopontos ganharão uma recompensa: será a moeda verde. Uma espécie de crédito que poderá ser trocado por utensílios domésticos ou verduras das hortas espalhadas pela cidade, por meio do Programa Agricultura Urbana.

Oficinas

O antigo Ecolixo da Rua Manaus será transformado em uma Escola de Reciclagem. A reforma ainda depende de um projeto que será elaborado pelo IPC (Instituto de Planejamento de Cascavel). O espaço será um núcleo de formação e conscientização ambiental. “Teremos oficinas de reciclagem, educação ambiental e atuação com as cooperativas para aproveitarmos ao máximo esses materiais descartados”, ressalta Alcione Gomes.