Policial

Sem vagas e sem estrutura, 15° SDP continua abrigando presos que já deviam estar em presídios

Sem previsão de retorno da reforma da PIC (Penitenciária Industrial de Cascavel) e com a reforma da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel). destruída em rebelião em novembro do ano passado, a passos lentos, a carceragem da 15ª SDP (Subdivisão Policial) de Cascavel permanece recebendo presos. E não só provisoriamente.

Um detento, considerado de alta periculosidade e um dos cinco mais procurados do Rio Grande do Norte, fugiu na tarde de terça-feira da carceragem e estava detido desde julho do ano passado. Desde dezembro de 2016, quando a cadeia foi demolida e “desativada”, a intenção era não receber mais presos. Ou apenas detidos em transição, que permaneceriam por, no máximo, alguns dias. O que não acontece.

De acordo com informações da Sesp (Secretaria de Segurança Pública do Paraná), Bruno Borges da Silva fugiu após serrar uma grade do banheiro. Um inquérito policial e um procedimento administrativo serão abertos para apurar o caso. O mandado de Bruno é do Rio Grande do Norte e a Justiça determinou que ele ficasse na 15ª SDP, por questão de segurança e não ter condições de convívio com os presos da PEC, até que ocorresse a transferência para o Estado de origem.

Na segunda-feira, outras duas fugas foram registradas e um dos detentos que escaparam era preso federal. Alexandre de Lima também estava na carceragem desde meados do ano passado, preso na Operação Malote. A PF, inclusive, vai abrir inquérito contra o Depen por conta da fuga do preso.

Reforma

A ampliação de 334 vagas da PIC não tem previsão de começar. Isso porque as obras pararam em 2015 por conta do ajuste fiscal do governo do Estado. O projeto precisou ser readequado, já passou pelo Depen e agora o contrato está na Caixa Econômica Federal, porque há convênio com o Estado e com o governo federal para a obra. Só depois da aprovação da caixa é que o Estado poderá saber se a mesma empresa poderá continuar a obra ou uma nova licitação será feita. A PEC, desde a rebelião de novembro destruída, inicia agora com a obra de reparo. Segundo a Sesp, dois contratos, de R$ 600 mil, estão fechados, e preveem reforma elétrica e do telhado. A informação é de que uma delas já começou.