Cotidiano

RETROSPECTIVA 2017: Paraná tem 47 menores traficados

Em uma reportagem exclusiva, o jornal O Paraná expõe um verdadeiro drama a diversas famílias: o tráfico humano. Apenas no Estado do Paraná, 47 pessoas estavam presas, em lugares não sabidos, sem condições de voltar para casa. Segundo essa entidade, eram mantidas contra a própria vontade em casas de prostituição e/ou em condições análogas à escravidão.

O trabalho buscava parcerias com forças policiais para tentar identificar e coibir a ação de uma quadrilha que, aparentemente, tinha ramificações no oeste do Paraná.

Havia suspeita, inclusive, que parte dessas vítimas era levada para outras regiões dentro do próprio Brasil e viviam sob ameaças para não delatar o esquema nem voltar pra casa.

O assunto voltou à tona quando o Conselho Tutelar encontrou um menino de pouco mais de um ano de idade, que supostamente teria sido traficado do Paraguai e vendido a um casal brasileiro.

O caso segue em segredo de Justiça em investigação pela Polícia Federal.

Ferroeste nas mãos de estrangeiros

Os gargalos que travam o transporte ferroviário podem estar com os anos contatos. Isso, anos. É que foi dado o primeiro passo para um estudo de expansão em mil quilômetros de ferrovias, que vão passar pelo trecho entre Cascavel e Guarapuava. A expectativa é de que a obra custe R$ 10 bilhões e fique nas mãos de empreendedores estrangeiros.

Outra denúncia arquivada

A Câmara dos Deputados arquivou o segundo pedido de prosseguimento de investigação contra o presidente Michel Temer, aberto pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. O caso ainda fazia parte das delações dos irmãos Batista, do grupo JBS, cujos áudios foram contestados mais tarde.

Com o arquivamento, o presidente fica no cargo e uma possível investigação sobre as supostas irregularidades só poderá ser retomada depois que ele perder o direito ao foro privilegiado.

Aporte tardio

Paradas há mais de dois meses, o governo federal anuncia aporte para a retomada das obras de duplicação da BR-163 entre Toledo e Marechal Cândido Rondon, e entre Cascavel e Barracão, cujos trabalhos continuavam graças a investimentos bancados pelo próprio grupo empreendedor.

O dinheiro é apenas uma pequena parte do necessário para a conclusão dos trabalhos.

Para Toledo-Marechal, cujos trabalhos já haviam sido parados devido à falta de dinheiro, foi anunciado (e efetivamente liberado na segunda quinzena de dezembro) R$ 49 milhões.

Já para a duplicação até Barracão, cujo orçamento é de R$ 549 milhões, foram anunciados R$ 70 milhões, mas a empresa já havia desembolsado R$ 50 milhões para não interromper os trabalhos. Por enquanto, as obras seguem concentradas na ponte sobre o Rio Iguaçu e a construção da nova pista fica para 2018, quando houver nova liberação de recursos.

No TSE, Beto volta à berlinda

Praticamente um ano do fim do mandato, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reabre uma ação que investiga supostas irregularidades na campanha que reelegeu o governador Beto Richa em 2014.

Estrutura policial precária

Um estudo do Movimento Nomeia Delegado traz uma dura constatação: o efetivo policial do Paraná é o mesmo da década de 1980.

O déficit de profissionais em todo o Estado é de 3 mil profissionais. Das 399 cidades paranaenses, 262 não têm delegados; das 230 vagas existentes de agente de operações, apenas 21 estão ocupadas; no caso de escrivães, há 1.400 vagas, mas apenas 693 atuam, o restante permanece em aberto; e, dos 780 cargos de delegados no Estado, apenas 404 estão nomeados. A situação é tão caótica, que ao menos 1,4 milhão de pessoas no Estado estão por conta a risco.

Falsificação de dólares

Não bastasse ser corredor do tráfico de drogas e armas, o oeste do Paraná ganha uma nova “função”. Quadrilhas instaladas por aqui trazem cédulas venezuelanas e as transformam em dólares para então as despacharem para a Ásia. A Polícia Federal atua no encalço desses grupos e já identificou ramificações em Cascavel, Marechal Cândido Rondon, Santa Terezinha de Itaipu e Guaíra.

Déficit habitacional

Estudo da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) revela que o Estado ainda tem uma enorme dívida com sua população: ao menos 350 mil famílias não têm onde morar.

O relatório do déficit habitacional tem como dados os anos de 2010 e 2015.

No campo a situação também é preocupante. São ao menos 100 mil unidades que precisam de regularização fundiária.

Apesar das constatações, não havia planos para sanar os problemas.

Em alerta máximo

Foz do Iguaçu volta a viver o drama do perigo da leishmaniose canina. Até então, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) já havia registrado 746 casos diagnosticados com a doença no ano, mas a estimativa era de que os números fossem muito maiores, devido aos animais que viviam nas ruas.

No ano anterior, a confirmação de casos chegou a 1.057.

Apesar dos riscos e do alerta, a doença não era transmissível aos humanos e, em caso de tratamento, os animais poderiam ser salvos.

Justiça manda, mas ninguém obedece…

Em uma decisão inédita, a Justiça mandou a União a cuidar da fronteira com o Paraguai. A determinação é para que o governo federal apresente um plano de ação e o coloque em prática para que consiga coibir os crimes fronteiriços, especialmente na região de Foz do Iguaçu.

Na ação, ajuizada pelo MPF (Ministério Público Federal), o principal argumento é de que boa parte do narcotráfico que alimenta o crime organizado do eixo Rio-São Paulo entra por foz do Iguaçu. “Certamente, caso houvesse efetividade no controle fronteiriço, muitos dos crimes citados nesta decisão e noticiados nos autos (…) poderiam ter sido evitados pelo exercício do Poder Estatal”, cita a sentença.

500 anos da Reforma Protestante

Em uma reportagem especial, o Jornal O Paraná relembra os fatos mais marcantes da Reforma Protestante, que mudou os rumos da Igreja Católica no século XVI e criou uma nova realidade mundial religiosa.