Agronegócio

PronaSolos Paraná já está valendo

A formalização do Projeto PronaSolos Paraná foi assinada há pouco dias entre a Itaipu e as prefeituras do oeste do Paraná para implementação de obras de infraestrutura e de atividades conservacionistas de uso e manejo de água e solo.

O Paraná é o primeiro estado a implementar o Programa graças à parceria entre a Embrapa Florestas com a Itaipu Binacional, as Secretarias de Estado da Agricultura e Abastecimento, da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, do Meio Ambiente, do Planejamento e Coordenação Geral e de Iapar (Institutos Agronômico do Paraná), IAP (Instituto Ambiental) e ITCG (Instituto de Terras, Cartografia e Geociência) e Fapeagro. A condução do Programa na Embrapa Florestas está sob a coordenação dos pesquisadores Gustavo Curcio e Annete Bonnet.

O Pronasolos no Estado prevê levantamentos de solos e vegetação ciliar em seis módulos regionais, com extensão territorial em torno de dez mil quilômetros quadrados cada um. A inserção do levantamento de vegetação em ambientes de rios e nascentes vai auxiliar no planejamento rural com um olhar em sistemas de preservação. O primeiro módulo será implantado na Bacia Hidrográfica do Paraná 3, na região oeste, dos municípios de Toledo a Foz do Iguaçu.

Segundo Curcio, a pesquisa vai valorizar o manejo sustentável dos recursos naturais, o que permitirá um desenvolvimento agropecuário ordenado. "Os principais resultados esperados, além dos mapas e dos respectivos relatórios, são a formação de uma base de dados integrada no Estado contendo informações essenciais para interpretar as potencialidades e as fragilidades do solo frente aos diferentes usos. Devido à escala de publicação, sem dúvida, será também uma ferramenta importante para as prefeituras municipais para o aprimoramento dos planos-diretores municipais”.

Annete Bonnet explica que a partir de meados de agosto/setembro deste ano, em Toledo, deve ser realizada a capacitação de seis técnicos de campo responsáveis pelo trabalho de coleta e análises de solos, a ser finalizado em um prazo de dois anos (até julho de 2020).

Os técnicos ficarão lotados nos laboratórios do Iapar, em Londrina, da Embrapa Florestas, em Colombo, e na estrutura da Secretaria de Meio Ambiente de Toledo. Também serão contratados dois profissionais para dar suporte à parte administrativa e de análise de dados.

Os recursos financeiros, de pessoal e de infraestrutura serão viabilizados pelas instituições parceiras no desenvolvimento do programa.