Cotidiano

Projeto ASA oferece suporte para vítimas de abuso sexual

Mais do que marcas físicas, o abuso sexual deixa marcas psicológicas profundas. Isto porque na maioria dos casos o abusador é alguém próximo da família. O problema se agrava ainda mais quando o agressor é alguém da própria família. Em ambos os casos algumas vítimas carregam isso em segredo por anos, são ameaçadas, e comumente entram em depressão e muitos até tentam o suicídio.

Em Cascavel, segundo apuração, foram 120 casos de abusos sexuais a crianças, só em 2017. De 2015 para 2016 houve um aumento de 37,5% de casos de abuso na Cidade. Estes números serviram de estímulo para o psicólogo Antonio Barbosa fundar o projeto ASA (Abusados Sexualmente Anônimos) em agosto de 2016. Antonio conta que o ASA atua oferecendo suporte psicológico à pessoa abusada. “Familiares e amigos da vítima nos indicam esta pessoa que sofreu violência, ou a própria vítima nos procura; fazemos um primeiro atendimento com uma entrevista e após uma análise combinamos a terapia. Não existe um tempo pré-determinado para a terapia, cada caso é diferente um do outro” explica.

Atualmente o ASA atende 16 pessoas, entre nos pacientes a mais nova, uma menina de 09 anos, e o mais velho, um homem de 35.

Suporte

Além do âmbito psicológico o ASA oferece suporte jurídico para as vítimas, através da consultoria da advogada Carla Baptista “Não podemos olvidar que estamos tratando de um crime. Mediante isso, atuo na orientação jurídica das vítimas no que tange à denuncia e demais questões relacionadas ao processo criminal” conta.