Política

OPINIÃO: Os novos empregos e outras vantagens da energia solar

Os benefícios da geração de energia solar vão muito além da preservação de recursos naturais e redução de despesas com a implantação de unidades geradoras de maior porte, de sistemas de distribuição e até contas domésticas de luz.

Conforme a Agência Internacional de Energia Renovável, o setor criou mais de 500 mil novos empregos em todo o mundo em 2017, com aumento de 5,3% em relação às vagas oferecidas em 2016.

A informação integra a quinta edição de relatório anual da instituição, lançado na reunião de seu conselho diretivo, mostrando que o número de pessoas empregadas no setor, incluindo grandes hidrelétricas, atinge 10,3 milhões de trabalhadores, superando pela primeira vez a marca dos 10 milhões de vagas.

Para a agência, setor de energia solar fotovoltaica continua sendo o maior empregador entre todas as tecnologias de energia renovável, respondendo pela oferta de cerca de 3,4 milhões de oportunidades de trabalho, ou quase 9% do total a partir de 2016, depois de atingir um recorde de 94 GW de instalações em 2017.

Conforme estimativa da instituição, a China gera cerca de dois terços dos empregos no segmento de energia solar fotovoltaica, o que equivale a 2,2 milhões de trabalhadores e representa 13% de expansão das vagas em comparação com o ano anterior.

Ainda assim, para o nosso bem, além da China, países como Brasil, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Japão continuam se destacando como grandes empregadores de mão de obra no mercado de energia renovável do mundo, respondendo no conjunto por mais de 70% das colocações no setor em nível internacional.

Segundo o relatório, os cinco países juntos respondem por cerca de 90% dos empregos na geração e distribuição de energia solar fotovoltaica no planeta, cujo total pode criar até 28 milhões de novas vagas até 2050, graças à economia global garantida pelo setor de energia renovável.

Conforme relata a instituição, muitos países reconhecem que o crescimento econômico baseado em tecnologias de baixo carbono é importante e muito atrativo para investidores locais e internacionais.

Prova disso é que países com políticas e estruturas regulatórias favoráveis ao setor, já colhem maiores benefícios sociais, econômicos e ambientais.

Isso porque a energia solar fotovoltaica é uma das fontes que mais oferece empregos diretos e indiretos, com postos de trabalho na cadeia de produção e instalação de equipamentos de sistemas solares. Até mesmo a micro geração de energia renovável abre vagas em todo mundo, pois pequenos sistemas fotovoltaicos instalados de 20 MW empregam até 600 pessoas.

Esses números podem se multiplicar com a instalação de usinas solares de maior porte, através de concessões em leilões públicos. Uma usina solar de 1GW, por exemplo, pode gerar até três mil empregos.

A expansão do setor se deve à redução de custos de implantação de novas unidades e à adoção de políticas favoráveis, impulsionando novos investimentos e, em consequência, a geração de empregos em todo o mundo. Prova disso é que nos últimos quatro anos, o número de empregos nos setores solar e eólico cresceu mais de 100% no planeta.

Estudos brasileiros, por sua vez, mostram que quanto mais projetos de energia solar são implantados no País, mais crescem as oportunidades de emprego no setor, que neste ano deverão ficar entre 60 a 99 mil, conforme o desenvolvimento do mercado de energia solar nacional.

Dilceu Sperafico é deputado federal pelo Paraná licenciado e chefe da Casa Civil do Governo do Estado – [email protected]

Ainda assim, para o nosso bem, além da China, países como Brasil, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Japão continuam se destacando como grandes empregadores de mão de obra