Policial

Norte e Sul de novo no topo

Pelo segundo ano consecutivo as regiões norte e sul foram as mais violentas de Cascavel no ano de 2017. Com 77 mortes, sendo 63 homicídios, 10 confrontos e quatro latrocínios, nem mesmo as duas UPS (Unidades Paraná Seguro) instaladas na região – UPS Norte em 2012 e UPS Sul em fevereiro do ano passado – conseguiram evitar que os índices de criminalidade no que diz respeito às mortes violentas caíssem no comparativo com o ano de 2016. A dois anos, das 84 mortes contabilizadas 24 foram na região Norte e 20 na região Sul.

E, assim como em 2016, em todo o ano passado, 28 óbitos, representando mais de 36,4% do total, foram na região Norte com destaque para os bairros Interlagos (6), Floresta, Morumbi, Melissa e Periolo com três mortes cada; Novo Milênio (2), Canadá (2), e na sequência os bairros Brazmadeira, Julieta Bueno, Bela Vista, Abelha, Brasília e Lago Azul com uma morte violenta cada.

A segunda colocada no ranking nada positivo foi a região sul de Cascavel, com 24 mortes violentas, sendo seis somente no Parque São Paulo que, juntamente com o Interlagos, são os dois bairros mais violentos de Cascavel no ano passado. As outras mortes contabilizadas na região Sul estão no Cascavel Velho (5), Universitário (3) Guarujá (3), Presidente (2), 14 de Novembro (2), Neva (1), Jardim União (1) e Pioneiros Catarinenses (1).

A região oeste contabilizou 10 mortes violentas, sendo três no Santa Cruz, duas no Esmeralda e duas no Coqueiral, uma no Tropical, uma no Santos Dumont e outra no Bairro FAG.

Com três mortes, a região leste foi a “mais tranquila” no ano passado, sendo uma no Gramado, uma no São Cristóvão e outra no Pacaembu. O Centro contabilizou três óbitos, a área rural quatro, o distrito de Sede Alvorada uma, duas no Contorno Oeste e duas pessoas foram mortas na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel).

Avaliação

De acordo com o capitão Divonsir de Oliveira, responsável pela 1ª Companhia de Polícia Militar de Cascavel, a região norte sempre foi a mais violenta, justamente por ser muito extensa. “Existem situações pontuais de tráfico de entorpecentes que, em um trabalho continuo, a Polícia tem trazido bons resultados”.

Em relação as mortes violentas nas duas regiões onde estão instaladas as duas UPS (Unidade Paraná Seguro), o capitão destaca o bom trabalho desenvolvido em parceria entre a PM e a Delegacia de Homicídios. “Infelizmente os assassinatos são crimes que não conseguimos prever. A polícia faz a sua parte, tem abordado, prendido os criminosos e levado esses cidadãos à Justiça. Prova disso são os altos índices de elucidação dos homicídios que se igualam a países de primeiro mundo”.