Política

Informe da redação do dia 19 de janeiro de 2019

Tiro no pé

De todas as trapalhadas já vistas nesses 20 dias de governo, a última, protagonizada pelo filho do presidente Jair Bolsonaro, parece que terá as piores consequências. Para a própria família. De ministros do STF e interlocutores do governo até a mesa do bar, todos acham que foi um tiro no próprio pé (e do pai também) a iniciativa de Flávio Bolsonaro pedir para parar a investigação contra seu ex-assessor Fabrício Queiroz sobre movimentações atípicas em sua conta bancária. Para todos, ou Flávio já sabia que estava muito perto de ser investigado ou agora começa a ser, pois tomou para si o assunto, quando reivindicou seu direito futuro ao foro privilegiado, como senador (só vale a partir de 1º de fevereiro).

No lixo

O canetaço do vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, atendendo ao pedido de Flávio Bolsonaro e suspendendo as investigações de Queiroz, também não pegaram bem para Fux, que sempre se disse contrário ao foro privilegiado. Isso sem contar que nem forçando muito dá para considerar essa tese esdrúxula. Tanto que o relator Marco Aurélio – que vai julgar a matéria – sugeriu que vai jogar o recurso no lixo.

Sem pressa I

E por falar em Fux… ele decidiu nessa sexta-feira (18) que não há urgência na ação protocolada pelo PCdoB contra o decreto do presidente Jair Bolsonaro que regulamentou o registro, a posse e a comercialização de armas de fogo no País.

Sem pressa II

Com a decisão, o caso será analisado pelo relator, ministro Celso de Mello, a partir de 1º de fevereiro, quando a Corte retomará os trabalhos depois do período de recesso. "A análise dos autos revela que o caso não se enquadra à hipótese excepcional do regimento interno deste Supremo Tribunal Federal. Encaminhe-se o processo ao ministro relator", decidiu Fux.

Terror

Quem não reagiu bem ao decreto das armas foi o chefe da Darm (Divisão Nacional de Controle de Armas de Fogo), delegado Eder Rosa de Magalhães. Em memorando enviado quarta-feira (16) aos delegado da Polícia Federal, ele alertou sobre as “nefastas consequências” para o aumento exagerado do número de armas nas mãos dos cidadãos.

Mais atenção

A passagem está presente no trecho do documento – uma espécie de orientação geral sobre o decreto de flexibilização da posse assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na última terça, 15 – em que Magalhães destaca a necessidade de uma análise cuidadosa dos pedidos para aquisição de mais de quatro armas de fogo.

Desemprego

O empregado demitido sem justa causa terá o seguro-desemprego corrigido em 3,43%, correspondente à inflação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) no ano passado, informou nessa sexta-feira (18) o Ministério da Economia. A parcela máxima passará de R$ 1.677,74 para R$ 1.735,29. A mínima, que acompanha o valor do salário mínimo, foi reajustada de R$ 954 para R$ 998.

Sem comunicação

Para ver o quanto o setor de Comunicação da Prefeitura de Cascavel anda capenga basta trabalhar na imprensa. Agora, uma secretaria que nem sequer sabe que o prefeito nomeou novo secretário e que ele já estava até trabalhando, daí é de causar espanto.

Novo secretário I

O empresário do ramo de tecnologia financeira Wagner Seit Yonegura tomou posse ontem como secretário de Meio Ambiente de Cascavel. A pasta vinha sendo comandada interinamente desde novembro passado.

Novo secretário II

E, para reforçar e botar ordem na casa, Léo Rigon foi convidado para comandar a Secretaria de Comunicação. Para aceitar o cargo, Léo impôs uma série de condições ao prefeito Leonaldo Paranhos, principalmente na questão estrutural. Se confirmado, a imprensa local agradece!

Copel e Sanepar são nossas!

O governador Ratinho Junior está mais do que satisfeito com a valorização das ações da Copel e da Sanepar na Bolsa de Valores nesses primeiros dias de janeiro. Defensor manifesto do Estado mínimo, Ratinho deixou claro que “a Copel e a Sanepar são intocáveis e não serão privatizadas” em seu governo.