Cotidiano

Grupo de jovens promove ações de sustentabilidade nos 29 municípios da BP3

Integrantes vem atuando para uma melhor qualidade de vida a nível local e regional

Há quase quatro anos, jovens lideranças dos 29 municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná 3 (BP3) desenvolvem um trabalho contínuo e cooperativo com a finalidade de contribuir na construção de uma sociedade mais sustentável. Cerca de 120 pessoas na faixa etária de 15 a 35 anos fazem parte do Coletivo Jovem da BP3, que vem estabelecendo redes de contato tanto no setor público como no setor privado, a fim de somar forças em ações socioambientais.

Os membros, neste sentido, passam a atuar de maneira integrada em seus municípios e na região, com o suporte da Itaipu Binacional e do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu. Participação em programas de Educação Ambiental e atividades de sensibilização estão entre os projetos desenvolvidos pelo CJBP3 – o que vem amplificando a voz da juventude no território.

“Não éramos muito escutados e, após o meu ingresso no grupo, percebi que era eu quem deveria buscar me envolver nas coisas que acontecem no município. Um degrau após o outro, hoje, temos o total apoio da Administração Municipal, estando presentes desde as ações mais simples até em apresentações teatrais nas escolas, e tudo isso foi buscado graças ao incentivo do Coletivo Jovem,” relata Odair Taufer Junior, jovem de Santa Helena. Bem como atuar em sintonia com os gestores públicos, os membros da iniciativa ocupam espaços na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e nos diálogos planetários sobre mudanças climáticas, energia e água.

João Paulo Angeli, jovem de Foz do Iguaçu, conta que “esses trabalhos e atividades, além de possibilitar a aproximação com diversas instituições, levam cada vez mais a um processo de aprendizado prático e de replicação dos saberes”. Todo ano, indo ao encontro desta demanda, o CJBP3 trilha um caminho de formação, abordando conteúdos direcionados ao desenvolvimento individual e profissional dos integrantes. Depois, os participantes “devem compartilhar o aprendizado com seus grupos e nos locais onde eles residem, trabalham e estudam”, explica Lucilei Bodaneze Rossasi, educadora ambiental da Itaipu Binacional.

Este ano, os temas foram: Equidade de Gênero, Direitos Humanos, Sustentabilidade Energética e Comunicação Não Violenta, cujos encontros ocorreram em Foz do Iguaçu, Santa Helena e Missal. Karini Scarpari, jovem de São Miguel do Iguaçu, ressalta que o processo de aprendizagem sobre a questão socioambiental “oferece importantes reflexões e experiências que abrem caminho para a construção de novas parcerias com os gestores municipais”. A ideia, segundo ela, é seguir avançando nos projetos e nas políticas públicas de juventude e sustentabilidade nos municípios.

Dentre os exemplos, pode-se mencionar Foz do Iguaçu, onde a maior parte dos membros do grupo também integra o Coletivo Educador Municipal (CEMFI), atuando como gestores e contribuindo na construção da Política Municipal de Educação Ambiental (PMEA), iniciada neste ano. Levando informações sobre a temática socioambiental e divulgando ações da iniciativa, alguns participantes ainda fazem parte do programa Estação InnovaCities, transmitido pela Rede Comunicadora Iguassu (RCI).

Fundamentado nos pilares de protagonismo, cidadania e sustentabilidade, o CJBP3, portanto, age de maneira comprometida para gerar transformação social. Mudança, conforme Odair Taufer Junior, é a palavra-chave do grupo, tendo em vista que “todos os jovens presentes neste Coletivo têm algo em comum, que é fazer o melhor possível para ter um futuro melhor, ter atitude e vontade de fazer diferente, de buscar realizar ações que tenham um resultado positivo para a sociedade e para o mundo no qual vivemos”.