Cotidiano

Estudo identifica trabalho escravo no Paraná

Curitiba – Uma pesquisa realizada pela Universidade Positivo, em parceria com o MPT (Ministério Público do Trabalho), revelou que o Paraná resgatou 40 estrangeiros em regime de trabalho escravo. Desses, 24 trabalhadores são de Bangladesh e 16 do Paraguai. Além disso, 11 pessoas têm menos de 18 anos. A primeira fase da pesquisa, que foi conduzida pelo CPJUS (Centro de Pesquisa Jurídica e Social) da Universidade Positivo, teve início no último semestre de 2017 e envolveu professores e estudantes de graduação e pós-graduação.

De acordo com o coordenador da pesquisa e coordenador-geral dos cursos de pós-graduação em Direito, professor Eduardo Faria Silva, a pesquisa é inédita, já que foi realizado um cruzamento de dados que nunca tinha sido feito: “Tivemos acesso às ações judicializadas entre 2008 e 2015 no Paraná que, ao todo, envolvem 643 trabalhadores e somaram mais de 15 mil páginas, para analisar a realidade do trabalho escravo”, explica.

Segundo o professor, a segunda fase da pesquisa vai envolver a análise dos processos de todo o País: “Será uma pesquisa de cinco anos, já que é um trabalho bem mais complexo e abrangente”.