Cotidiano

Estreia sindical

A nova diretoria da Adunioeste (Sindicato dos Docentes da Unioeste) foi empossada na tarde de ontem, na Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná). Quem assume a gestão para o próximo biênio é a professora Liliam Faria Porto Borges, que tem como vice Alessandra Carrijo. Ambas, apesar de participarem de movimentos sociais, estreiam agora em um cargo sindical. A eleição ocorreu entre os dias 9 e 10 de maio.

A chapa eleita, de oposição, garante que manterá o mesmo compromisso que a gestão anterior, presidida pelo professor Luiz Fernando Reis (2016-2018), no que se refere à defesa dos interesses dos servidores da Unioeste. “Apesar de sermos oposição, temos bandeiras muito próximas. Uma delas é defender o ensino superior público de qualidade a todos, além de garantir a carreira do docente, que é quem viabiliza a existência de uma instituição”, diz a presidente. Liliam reforça ainda a luta por melhores condições de trabalho voltadas à pesquisa e extensão.

Sobre o Tide, o Regime de Tempo Integral e Dedicação Exclusiva, o sindicato segue com uma briga que avança nas esferas política e jurídica. Segundo Liliam, o Tide é pago hoje como um adicional ao salário do docente. “No entanto, entendemos que é regime de trabalho e que deve ser incorporado à aposentadoria”, comenta. “É uma briga que já está em andamento e que a nova diretoria do sindicato assume”, afirma.

Articulação

Estudar ferramentas específicas para manter os direitos trabalhistas já conquistados pela categoria também faz parte do trabalho da nova gestão da Adunioeste. Liliam lamenta que este seja o pior momento da história do País no que se refere à perda de direitos e riscos às estabilidades em geral. Segundo ela, este é um período difícil, e que depende de uma articulação entre sindicatos, setores produtivos e demais entidades para que sejam conservados os benefícios já fixados. “Ou a gente se une como trabalhador em defesa das categorias ou essa terra arrasada vai continuar e a crise ficará muito pior”, pontua.

O ex-presidente do sindicato, Luiz Fernando Reis, afirma que os dois últimos anos foram de muitos embates, especialmente quando o governo estadual implantou, ainda em 2015, a política de ajustes. “A nossa data-base começou a ser desrespeitada, houve cortes no orçamento das universidades, enfim, ao invés de o sindicato se mobilizar para avançar em ganhos e conquistas, tivemos dois anos de ataques. A consequência disso é que o sindicato precisou se organizar para defender aquilo que já tinha conquistado”, lembra.