Cotidiano

Entidades querem liberdade para abrir as lojas francas

Foz do Iguaçu – Em encontro realizado na sede do Iguassu CVB, a diretoria da instituição se mostrou otimista com a instalação das lojas francas em Foz do Iguaçu. Para o Convention, a nova modalidade de comércio vai potencializar a capacidade de eventos em Foz, o que representa reflexos diretos em hotéis, restaurantes e em toda a economia. A diretoria da instituição também acredita que, por se tratar de investimento de capital, seria justo que os empresários tivessem liberdade para investir onde quisessem, desde que seguindo o plano de zoneamento e a legislação.

O Iguassu CVB reúne parte do empresariado que representa o setor do turismo em Foz. São empresários de hotelaria, gastronomia e também dos atrativos turísticos da fronteira.

Para a diretoria do Convention, não é apenas esse setor que vai ser beneficiado pela instalação das lojas francas. Se a implantação das empresas ocorrer em toda a cidade, dentro da legislação que regula o zoneamento urbano, todos sairão ganhando pois vão atender os turistas que vierem para cá atrás de mais esse atrativo: as compras.

Outro ponto destacado durante a reunião é que, se mantida a cota de US$ 300 de compras em cidade gêmeas de fronteira, como vem sendo pleiteado na Receita Federal, o comércio de Foz vai se tornar mais competitivo em relação ao Paraguai, por exemplo. Quanto mais investimentos, mais atrativos Foz vai oferecer e melhor vai ser para a cidade toda.

Cidade toda

O Sincofoz (Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade de Foz do Iguaçu) se reuniu semana passada com os associados e também já se posicionou sobre o assunto. Para beneficiar a cidade como um todo, de acordo com o sindicato, a liberação da instalação das lojas deve contemplar a cidade toda e não um ou outro local específico. Para os contadores, desde que o empresário tenha as condições fiscais e legais de investir em loja franca, deve ter a liberdade de abrir a loja onde quiser.

Na visão do Sincofoz, com lojas instaladas em toda a cidade, haverá naturalmente um aumento na circulação de pessoas, beneficiando vários setores da economia local que irão atender essa demanda. E isso não impede que um grupo, caso tenha interesse, invista em uma estrutura localizada em um ponto turístico, mais afastado do Centro.

A direção do Sindicato também deixou claro que essa questão da legislação precisa ser revista, embora já haja uma lei municipal sobre o assunto, e enfatizou que ao Município cabe conceder alvarás de licença desde que o empreendimento atenda às exigências legais, uma vez que há lei federal que permite a instalação de lojas francas em cidades gêmeas de fronteira.

Audiência pública dia 25 de junho

Como ainda há algumas dúvidas quanto à instalação das lojas e ao funcionamento de alguns processos, a vereadora Inês Weizemann solicitou, e a Câmara aprovou, a realização da audiência pública sobre as lojas francas. O evento seria dia 25 de junho, às 9h. Antes disso, ela vem se reunindo com representantes da comunidade para divulgar informações, colher sugestões e posicionamentos.

Para Inês, a instalação de lojas francas deve atrair grandes investidores que já estão de olho na região. E, para que a concorrência também seja franca, é preciso colocar esse assunto em discussão e buscar a qualificação do empresariado local que também tenha interesse em participar desse tipo de empreendimento.