Opinião

EDITORIAL: Jogadas certeiras?

Aos poucos o novo Governo Bolsonaro vai dando pistas do que vem pela frente. Uma das expectativas é quanto à política exterior, que vive um dos momentos mais conturbados desde a guerra fria, quando a polarização entre Estados Unidos e Rússia ditou o comércio mundial durante metade do século passado.

Inclusive, foi de Donald Trump a primeira ligação internacional recebida por Jair Bolsonaro no domingo, após a confirmação das urnas. E é justamente o governo norte-americano que traz instabilidade no mundo, com sua pretensa briga contra a gigante China.

A preocupação, nesse caso, é se o Brasil se alia aos EUA e fecha as portas à China, uma das nossas mais importantes compradoras, especialmente aqui, no oeste do Paraná.

Muito mais perto, aqui, na América do Sul, outra sinalização é a possível “troca” da Argentina pelo Chile e o já cogitado “brexit” do Brasil com o Mercosul. O enfraquecimento do bloco certamente prejudica o País, assim como toda a região, em detrimento de quem? EUA, claro!

Voltando ao Chile… o país é um dos primeiros destinos internacionais do presidente eleito tão logo tome posse. A intenção é conhecer de perto um país que “deu certo” e “aprender” com ele.

As consequências de um governo de extrema direita em um cenário mundial bastante conturbado e que passa por um momento muito delicado serão, sem dúvida, gigantes. Importante que nessa onda de nacionalismo não se esqueça da importância das exportações na economia nacional, as quais, inclusive, foram o suspiro que manteve o Brasil vivo na sua longa crise econômica que ainda tenta superar.