Agronegócio

Clima reduz em 15% a safra de grãos no Paraná

Curitiba – O resultado da safra 2017/18 dos principais grãos do Paraná teve interferência de fenômenos climáticos. Os números divulgados pelo Deral (Departamento de Economia Rural) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, que faz o acompanhamento das lavouras em todo o Estado, mostram que foram produzidas 35,6 milhões de toneladas de grãos, uma redução de 15% na comparação com a safra anterior, que foi de 41,7 milhões de toneladas.

O tempo seco e a geada foram fatores determinantes para os resultados da segunda safra, prejudicando principalmente o milho e o feijão. A estiagem de mais de 40 dias que castigou o Paraná nos últimos meses influenciou negativamente a produtividade. A produção final de feijão atingiu 613 mil toneladas, 21% menos que na safra 16/17, e a produção de milho reduziu 31%.

“Apesar da redução, a perda foi compensada pelos preços melhores”, explica o chefe do Deral, Marcelo Garrido.

Entre as principais culturas do Paraná, a soja teve resultados positivos e registrou a segunda maior safra da história do Estado. Já o trigo teve aumento de 33% na produção, em comparação com a safra 16/17.

Soja e trigo

O Deral estima a colheita da soja no Paraná em 19,1 milhões de toneladas. É uma safra satisfatória e com preços melhores neste ano na comparação com a safra passada, com perda de apenas 2% quando comparada com a expectativa inicial. Apesar de não ter sido a melhor safra em produtividade, é considerada a segunda maior da história do Paraná em termos de volume.

Já o trigo teve perdas de 14% em agosto ante 9% em julho. As geadas do fim de semana também devem trazer prejuízos para a safra, mas não estão computadas no levantamento atual, pois a geada leva mais tempo para mostrar seus efeitos sobre a lavoura. No entanto, a produção no mês de agosto está estimada em 3 milhões de toneladas, 33% a mais do que na safra anterior.

Milho

A cultura do milho vem sendo castigada pela estiagem. Em agosto, a produtividade levantada está abaixo do esperado, com perda estimada em quase 3 milhões de toneladas. A produção está estimada em 9,1 milhões de toneladas, volume 31% menor do que a safra anterior (13 milhões de toneladas). Hoje estão colhidos 86% dos 2,1 milhões de hectares.