Cascavel – Canoísta da seleção permanente de canoagem velocidade desde 2014, o cascavelense Vitor Hugo Voigt Navarro esteve nessa quinta-feira no colégio no qual cursou o ensino médio para contar um pouco de sua experiência como atleta de alto rendimento aos alunos do Colégio Estadual Costa e Silva, no Bairro Maria Luiza, em Cascavel.
“Eu era mais um aqui, correndo pelos corredores, até que minha mãe começou a me levar no lago para treinar canoagem. Treinei um pouco e parei, mas um dia ela me levou até lá ‘pelas orelhas’ e não parei mais de treinar”, brincou Vítor, de 18 anos de idade.
Para ele, a rotina de treinos começou em 2009, mas foi a partir de 2012 que tomou gosto pelo esporte. “Fui convocado para o primeiro e o segundo Estágio de Formação de Jovens Promessas, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Vislumbrei-me e naquele ano tive meu pior resultado no Brasileiro, com um sexto lugar. Já em 2013 fiz minha primeira viagem internacional e tudo mudou. Para as competições fora do País a Confederação paga tudo. Viajei para Festival Olímpico da Juventude na Austrália no maior avião do mundo, fiquei em hotel cinco estrelas, ganhei um tênis que nunca tive condições de compra-lo e conheci lugares e coisas incríveis. Vi que aquilo era o que eu queria fazer da vida”, lembra o jovem.
Dificuldades
Depois, Vitor passou por mais 14 países como atleta da seleção brasileira. O último foi o Equador, no mês passado. Entretanto, nem tudo são louros no esporte. O jovem lembrou-se dos sacrifícios que teve que fazer, como morar sozinho em Curitiba aos 15 anos de idade e ter que aprender obrigado a fazer deveres domésticos e a lidar com a saudade dos familiares. “Sou ruivo e até hoje sou desengonçado, então os demais me pegavam ‘pra cristo’. Foi um período complicado e no qual pensei em desistir. Não o fiz e por isso venho aqui hoje, para mostrar que qualquer um de vocês pode ser o que quiser na vida, basta não desistir nos momentos difíceis”.
