Veterano das pistas de atletismo, o engenheiro civil Israel Melo Ferreira está de volta a Cascavel depois de se destacar pela equipe do Brasil no Campeonato Sul-Americano de Atletismo Master, encerrado no último domingo em Santiago, no Chile. Ele subiu ao pódio das três provas disputadas, com direito a recorde em duas delas.
Em seu último Sul-Americano na categoria M55, que reúne atletas de 55 a 59 anos, Israel, enfim, encontrou um adversário nos 400m rasos. O gaúcho Renato da Silva Araujo venceu a prova com 57s21, mas com Israel “no calcanhar”. O cascavelense ficou cruzou a linha de chegada com 57s53 para ficar com a medalha de prata.
Já nos revezamentos 4x100m e 4x400m rasos a medalha foi de ouro, com direito a nova marca em ambas as provas. Aos 58 anos, Israel, que é o presidente da Associação Paranaense de Atletismo Master, foi o mais experiente das equipes do Brasil. Nos 4x100m, além dele e de Renato da Silva Araujo, de 55 anos, fizeram parte da equipe o paulista Antônio Luiz Pinto Mateus, de 55 anos, e o jamaicano Adrian Harrison, de 56 e que vive em Curitiba. Eles completaram a prova em 1min10s03.
Nos 4x400m, o trio Israel/Renato/Adrian foi mantido, com o carioca Gilson Gomes da Rocha, 55, no lugar de Antônio. Eles estabeleceram novo recorde sul-americano ao terminar a prova em quatro minutos cravados e 68 milésimos.
“Esse Sul-Americano foi para encerrar o ano do calendário de Master. Nesta temporada participei poucas competições, pois tive problemas particulares. Foi minha terceira competição no ano. Foi um ano difícil, no qual treinei razoavelmente e consegui manter a forma. Em relação aos resultados, esses do Sul-Americano foram excelentes”
“Fazia tempo que eu não perdia a prova dos 400m, mas enquanto estou terminando a categoria dos atletas de 55 a 59 anos tem gente começando nela agora. O que venceu a prova está chegando agora e eu ainda consegui chegar em segundo lugar com uma diferença não muito grande para ele”
“Esse Sul-Americano foi exemplo de competição máster que tem atraído bastante competidores. Há muitos atletas com 30 anos, 35 anos que não interromperam o ciclo de corrida, de competição. Eles participam da categoria adulta por suas cidades ou País e já estão se inserindo nas competições da categoria máster. Isso é importante, porque fortalece a categoria e ajuda a conseguir melhorar ainda mais o tempo das provas. É importante como um todo para o atletismo máster”.
