Cotidiano

BCG: Ministério reduz vacina e cidades temem falta

Toledo – A indústria não aumentou a produção e o Ministério da Saúde comprou um lote bem menor do medicamento preventivo. Consequência: uma das vacinas mais importantes para crianças recém-nascidas está em falta, ou com estoques muito baixos, em pelo menos seis estados, inclusive no Paraná. A BCG previne a tuberculose e precisa ser tomada logo nos primeiros dias de vida.

A Secretaria de Saúde do Paraná informa que o Estado deveria ter recebido até agora 480 mil doses, mas apenas 310 mil foram encaminhadas pelo Ministério da Saúde. Em janeiro nenhuma dose foi encaminhada. O estoque sofreu grande queda e o órgão reconhece que o País inteiro vive um momento de reorganização para que as doses sejam suficientes para imunizar todos os recém-nascidos.

O órgão informou em nota que não tem conhecimento de nenhuma cidade sem a vacina, mas em muitas unidades é preciso remanejar o produto ou agendar atendimentos por causa da redução do repasse de doses.

Ana Maria Galvan levou a pequena Lívia para receber a vacina em uma unidade de Toledo e não encontrou a vacina. A mãe foi orientada a agendar a vacina e voltar na unidade básica em três dias, quando um novo frasco será aberto e dez crianças poderão ser vacinadas. A cidade não é a única que tenta driblar a falta de vacina com medidas de planejamento e economia.

De acordo com a chefe da 20ª Regional de Saúde, Denise Liell, muitas cidades encontraram na economia a forma mais segura de garantir que todas as crianças nesta faixa etária sejam vacinadas e que nem uma dose se perca. “Quando um frasco de vacina é aberto as doses que sobram se perdem em algumas horas, causando baixa ainda maior no estoque. A organização de cada uma das cidades é muito importante nesse controle eficaz”, destaca.