Agronegócio

Artesanato: autoestima e renda

Com mais de 15 mil peças à venda, entre tecidos, crochês, bordados, patchwork, material reciclável, madeiras e demais produtos feitos por artesãos de 24 cidades paranaenses, a Feira de Artesanato do Instituto Emater gera lucros significativos aos expositores, mas o objetivo mesmo é promover a valorização da pessoa responsável por esse trabalho.

O destaque dado à feira é merecido a cada participante, de acordo com a técnica do Emater Jussara Walkowicz. “O artesanato vem para o Show Rural merecendo esse destaque todo, pois a maior parte dos artesãos – que geralmente são mulheres que vivem no sítio – não realiza esse trabalho pensando apenas na renda. O foco aqui é a valorização da pessoa”.

A feira segue durante o Show Rural 2018 na área do Emater, que desenvolve a atividade em parceria com prefeituras, além da Secretaria de Assistência Social de Cascavel, por meio do Projeto Economia Solidária, que foca na produção enquanto fator de inclusão social.

Jussara explica que a comercialização de todo o artesanato disponível no evento é de responsabilidade do grupo pertencente ao projeto da Prefeitura de Cascavel, que trabalha em parceria com o Emater há quatro anos.

A técnica destaca a importância da valorização da mulher, mas afirma que os homens também têm participado da feira. “Nos últimos anos vários homens têm entrado no artesanato, mas com objetivos diferentes. Eles fazem porque gostam, mas acabam pensando mais no lucro, que pode ser bem alto, principalmente na comercialização dos produtos feitos com madeiras, aqueles com que os homens possuem maior habilidade. No caso das mulheres o artesanato é uma atividade que contribui para o bem estar, já que muitas, mesmo trabalhando na lavoura e em casa, raramente recebem elogios”, conclui.