Cotidiano

Vice-reitor só negociará se houver desocupação e critica ?mascarados?

Cerca de 150 estudantes se revezam dentro do prédio para manter o ato

Curitiba – O vice-reitor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Rogério Mulinari, afirmou nesta terça-feira (1º) que a administração só irá negociar com os manifestantes quando o prédio da Reitoria, no Centro de Curitiba, for desocupado. O grupo de estudantes que ocupa o espaço, no entanto, quer o cumprimento de cinco reivindicações prioritárias, das 28 totais, para deixar o local.

Mulinari criticou os mascarados que ocupam os quatro pavimentos do edifício central e disse ainda que a negociação com o grupo estava apenas no começo.

“Nós buscamos sempre a construção coletiva das demandas e queremos buscar soluções concretas e que possam ser implementadas. No nosso histórico, jamais alguém foi prejudicado por suas crenças e dizemos que a necessidade de se mascarar, transparece um movimento não legítimo e que não contribui para a universidade”, disse.

Com 24 horas completas de ocupação, cerca de 150 estudantes se revezam dentro do prédio para manter o ato. Servidores técnicos, professores e outros profissionais estão em greve desde o dia 12 de agosto. Os estudantes deflagraram greve no dia 19 de agosto.

Sobre as reivindicações, Mulinari disse que a segunda reunião de negociação ocorria no momento da ocupação e apenas com o prédio livre, a reitoria voltará a conversar com os manifestantes.

“O processo de negociação é longo e cinco das pautas já haviam sido adiantadas. O grupo de pessoas, que não dá para ter uma ideia clara se são estudantes, agiu de forma intempestiva e afrontou um de nossos vigilantes, demonstrando que não desejam o processo, o que é lamentável para a UFPR”, concluiu.

Segundo os manifestantes, entre os pedidos estão uma reunião formal com a reitoria; faltas abonadas de estudantes durante a greve dos professores; melhora na assistência estudantil, como auxílio-moradia, auxílio-permanência, auxílio-creche, auxílio-alimentação e a casa estudantil; a devolução do prédio do DCE (Diretório Central dos Estudantes) e, por fim, que todos os acordos sejam firmados por escrito.

(Com informações da Banda B)