Cotidiano

Sobe para 63 o números de mortos durante incêndio em Portugal

Mais de mil bombeiros seguem tentando conter o gigantesco incêndio florestal na região central de Portugal, que deixou pelo menos 63 mortos e provocou forte comoção no país. Novos dados do Sistema Europeu de Informação de Fogos Florestais apontam que o fogo já consumiu 300 quilômetros quadrados, uma área um pouco menor que a de Fortaleza. Um vídeo feito com drone mostra a destruição causada pelo fogo.

Após um fim de semana com 40ºC em várias regiões do país, a temperatura registrou leve queda, mas o incêndio, declarado no sábado (17) à tarde em Pedrógão Grande, prosseguia na direção das regiões vizinhas de Castelo Branco e Coimbra nesta segunda-feira (19).

O balanço oficial mais recente é de 63 mortos: uma nova pessoa morreu desde este domingo (18) e, segundo a mídia local, se trata de um bombeiro que estava hospitalizado. As autoridades portuguesas informaram que muitas vítimas morreram em seus veículos quando se viram cercadas pelas chamas no momento em que passavam pela rodovia nacional 236, que liga Figueiró dos Vinhos com Castanheira de Pera, no sábado.

"Era verdadeiramente um inferno. Pensei que o fim do mundo havia chegado. Não acreditei que sairia viva", contou Maria de Fátima Nunes, que foi resgatada pelos bombeiros.

Corpos foram encontrados em casas localizadas em áreas isoladas. Os moradores de pelo menos três localidades próximas a Pedrógão Grande foram retirados de suas residências.

Algumas vítimas identificadas "morreram em suas casas, que não deixaram a tempo", afirmou o primeiro-ministro António Costa, que pediu à população que respeite as ordens de saída.