Cotidiano

Secretário Ortigara destaca preocupação com a qualidade

Ortigara falou ainda sobre a contratação de 143 novos funcionários para a Emater no Paraná

Cascavel – O secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, esteve ontem no 2º Show Pecuário em Cascavel. No evento, promovido pelo Sindicato Rural Patronal e pela Sociedade Rural do Oeste e que prossegue até amanhã, no Parque de Exposições, Ortigara destacou a importância do papel da mulher na agropecuária do Estado. “Não temos como imaginar o campo sem a mulher, seja diretamente ligada à lavoura e outros afazeres, seja cuidando da casa, dos filhos”, disse ele, que participou do Encontro das Produtoras de Leite, da Emater, realizado no Show Pecuário.

Em relação à pecuária, foco do evento, Ortigara disse que ao invés de trabalhar com a quantidade de cabeças, o Paraná precisa cuidar da qualidade. “Temos um rebanho mediano, com nove milhões de cabeças, mas ele não vai aumentar muito disso. Ao invés disso, vamos melhorar e aumentar a produção, com animais que podem disponibilizar uma carne do jeito que os consumidores procuram”.

Ortigara falou ainda sobre a contratação de 143 novos funcionários para a Emater no Paraná. “São profissionais que atuarão em várias regiões, com destaque para aquelas com mais vulnerabilidade e que precisam de especialistas em áreas como a zootecnia, medicina veterinária, entre outras”.

COM MAGGI

Ortigara comentou ainda que na semana passada teve uma reunião com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. “Discutimos especificamente o plano safra 2016/2017, solicitando alterações que entendemos como prioritárias, como por exemplo a redução das taxas de juros, com foco no agricultor; maior participação da União em relação à sanidade e à assistência técnica, sobrecarregando estados e municípios”.

Milho

Questionado em relação à quebra na safra de milho, o secretário Norberto Ortigara disse que o problema é o modelo adotado pelo produtor rural. “Como a soja tem um ganho maior, eles acabam priorizando-a. Isso faz com que a produção do milho caia em detrimento à soja. Além disso, tivemos as questões climáticas, com seca em abril, chuvas intensas em maio e uma sequência de geadas que prejudicou consideravelmente a cultura”.

Segundo ele, a cotação do milho nas últimas semanas, que chegou a R$ 50, é algo que nenhum analista de mercado poderia prever. “Acreditamos que não haverá mais pressão em relação ao custo”.