Cotidiano

Prefeito renuncia para não ser julgado pelo TJ

Ele será levado a júri popular pela morte do procurador jurídico do município, Algacir Teixeira de Lima

Chopinzinho – Uma estratégia da defesa para que o julgamento seja realizado na própria Comarca e não no Tribunal de Justiça do Estado. Assim pode ser definido o fato de o prefeito de Chopinzinho, Leomar Bolzani (PSDB), que terá sua renúncia lida na sessão de hoje da Câmara de Vereadores. Ele será levado a júri popular pela morte do procurador jurídico do município, Algacir Teixeira de Lima, assassinado em março do ano passado.

“Desde o início ele queria ser julgado por Chopinzinho, pelo seu Município. Ele insistiu, foi orientado, e estamos fazendo isso agora, com a renúncia. A rapidez no andamento do julgamento é um dos fundamentos. Mas, o principal é que ele é daqui, filho de Chopinzinho”, destacou o advogado de defesa, Auro Almeida Garcia.

SUBSTITUTO

Caso a renúncia seja aceita pelos vereadores – o que é praticamente certo – o vice-prefeito Rogério Masetto (PDT) será efetivado no comando da administração. Este já vem respondendo pelo município desde a prisão do prefeito, que permanece os dias em casa monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com parentes do procurador morto ou testemunhas do processo. “Vamos tentar revogar essa prisão para que ele, que é professor, possa voltar a trabalhar”, ressaltou Garcia.

CORRUPÇÃO

Segundo a polícia, o assassinato de Algacir Teixeira de Lima ocorreu depois que este denunciou irregularidades na administração de Leomar Bolzani, que já responde a ações por enriquecimento ilícito, licitações irregulares e utilização de maquinário público em terrenos particulares. Além do prefeito, sete pessoas estão presas suspeitas de envolvimento no assassinato.