Esportes

Prefeito convoca comunidade para ajudar a cuidar do esporte

Outro gargalho encontrado foi no pagamento de horas extras

Cascavel – Em sequência às apresentações da Escola de Governo, que detalha a situação encontrada pelos secretários nos primeiros dias da gestão municipal 2017/2020 em Cascavel, ontem foi a vez do diretor de Esporte e Lazer, Léo Mion, tornar público o retrato dos locais gerenciados pela pasta. A explanação ocorreu no auditório da Prefeitura e foi resumida pelas palavras “abandono” e “desleixo” com a coisa pública.

Em todos os locais visitados foram encontradas deformidades como quadras com piso danificado, rachaduras em diversas estruturas, vazamentos de água, falta de traves, tabelas de basquete quebradas, falta de alambrados, defeitos em instalações elétricas e falta de iluminação, além de problemas específicos nas piscinas públicas, no Estádio Olímpico e no Autódromo Zilmar Beux. A situação dessas duas últimas praças desportivas resume a das demais, pois, juntas, receberam mais de R$ 30 milhões de investimento e hoje não têm conduções de uso.

Outro gargalho encontrado foi no pagamento de horas extras. A secretaria tem atividades desenvolvidas das 7h às 22h, mas os profissionais técnicos concursados têm carga horária de quatro horas/dia. Uma reestruturação menos onerosa à folha de pagamento já está sendo estudada nesse caso.

Ações planejadas

Para a manutenção dos espaços públicos a Lei Orçamentária Anual prevê R$ 600 mil para 2017. Por isso a administração municipal estuda implantar PPPs (Parcerias Público-Privadas) em algumas praças desportivas, como o autódromo, que requer investimentos específicos a cada evento. “A partir de agora as ações [de investimento] serão planejadas com prioridade e eficiência. O autódromo, por exemplo, atende muito mais uma demanda externa, ou seja, pequena parte da população cascavelense utiliza o local, que recebeu R$ 25 milhões de investimento”, disse o prefeito Leonaldo Paranhos. O Kartódromo Delci Damian, primeiro espaço público terceirizado via PPP, foi devolvido pela empresa administradora no fim do ano passado, cerca de um ano após a assinatura do contrato para exploração do local por cinco anos.