Cotidiano

Pais e técnicos debatem sobre autismo

"Quando se recebe o diagnóstico que seu filho tem autismo é um susto, mas é preciso ter os pés no chão, pois ele precisa mais do que nunca da nossa ajuda e, com o tempo, percebemos que é possível levar uma vida normal como qualquer outra criança. Procuramos com o atendimento do CAPS manter a evolução do meu filho, ele gosta e participa bastante das atividades, isso é o mais importante", destaca Angela Becker, mãe do Antony, de dez anos. Ela descobriu que o filho é autista quando ele tinha três anos de idade.

Neste domingo, dia 18 de junho, é o Dia Mundial do Orgulho Autista. Um grupo de pais com crianças autistas pretendem aproveitar a data para mostrar às famílias, que ainda não buscaram ajuda, e à sociedade que é possível ter uma vida saudável, precisando apenas de uma atenção especial oferecida pela equipe multiprofissional do Centro de Atenção Psicossocial, de Santa Terezinha de Itaipu.

A atividade do Dia Mundial do Orgulho Autista será realizada às 15h, na Praça Silvino Dal Bó, em frente à Igreja Matriz. Segundo a terapeuta ocupacional do CAPS I, Camila Viviane Lui de Souza, haverá também roda de conversas entre as mães de crianças autistas e o evento é aberto a todos, não apenas os que são atendidos pelo CAPS.

"É uma forma de dar visibilidade para a questão e nós do CAPS vamos levar a proposta de divulgar o nosso trabalho, que é um serviço público do município, aberto a todos que precisarem e mostrar que trabalhamos com as crianças. Nossa ideia é fazer este tipo de intervenção. Pretendemos no dia realizar uma roda de conversas com as mães, compartilhando suas experiências e esclarecer dúvidas", explica Camila.

 

Distúrbio neurológico

O autismo é um distúrbio neurológico que prejudica a capacidade da pessoa de interagir em sociedade e até de se comunicar. Os sinais podem ser percebidos nos primeiros meses de vida da criança. No município são cinco pacientes com autismo que recebem os cuidados oferecidos pelos profissionais do CAPS I, entre eles psicólogo, terapeutas, entre outros. As crianças realizam diferentes atividades que estimulam a mente e permitem que elas tenham um convívio social melhor.

Camila de Souza tranquiliza os pais que desconhecem um pouco sobre o tema e enfatiza que seus filhos, casos diagnosticados com autismo, podem levar uma vida normal como qualquer outra criança. "Os pais talvez muitas vezes não saibam como acessar o serviço, ficam preocupados, mas eles precisam saber também que essa criança pode ter uma vida mais saudável. Precisa desde pequena ser estimulada, ter acompanhamento por profissionais especializados", finaliza.

O CAPS I fica ao lado da Unidade de Saúde da região dos Conjuntos, e o atendimento ao público é das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30. O telefone de contato é o 3541-0094.