Cotidiano

Folha compromete 62% da receita em Jesuítas

A calamidade das finanças provoca reflexos sombrios na economia local e desenha um cenário pessimista no curto e médio prazos, conforme o prefeito

Jesuítas – A Prefeitura de Jesuítas enfrenta uma das piores situações financeiras entre os municípios da região Oeste do Paraná: são mais de R$ 3 milhões em compromissos financeiros pendentes. A calamidade das finanças provoca reflexos sombrios na economia local e desenha um cenário pessimista no curto e médio prazos, conforme o prefeito Junior Weiller, que assumiu no dia 1º de janeiro para seu terceiro mandato. 

Há um forte inchaço na máquina pública, reflexo de três concursos feitos pela administração anterior e que provocaram salto na despesa com o funcionalismo para o valor correspondente a 62,19% da arrecadação. A lei estabelece que o limite prudencial, ou seja, o comprometimento máximo da folha em relação ao que o município arrecada, pode chegar a apenas 48,6%. 

Já foram detectados vários problemas, falta de transparência e a não observação de leis. Os arquivos eletrônicos dos computadores da prefeitura foram apagados. “Ou seja, não se trata apenas de incapacidade administrativa, mas sobretudo estamos diante de um ato criminoso, uma afronta à nossa população que paga seus impostos com dificuldade”, destaca o prefeito Junior Weiller. 

Todos os telefones da prefeitura estão cortados. Algumas obras estão paralisadas desde junho, parte delas cheias de irregularidades. “Posso afirmar que a nossa situação é uma das piores do Paraná”, lamenta o prefeito. Na saúde pública, apenas dois médicos atendem 20 horas semanais cada. É pouco diante da necessidade da população. As estradas estão sem condições de tráfego, problema que se agrava com a proximidade da colheita da safra. O parque de máquinas tem ônibus sem pagamento do seguro obrigatório, máquinas pesadas rodando sem a troca de óleo e outros problemas.