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Consagrada no Rio, Simone Biles já pensa em Tóquio

A ginasta Simone Biles, que na sua estreia em Jogos Olímpicos, no Rio, ganhou cinco medalhas, sendo quatro ouros e um bronze, ainda colhe os louros do ano perfeito. Indicada ao Prêmio Laureus, considerado o ?Oscar? do esporte, de melhor atleta de 2016, a americana de 19 anos sabe que ainda há muito o que conquistar.

Vivendo um ano sabático em 2017, ela disse, ontem, durante uma teleconferência, que já pensa nos Jogos de Tóquio, em 2020.

? Não tenho objetivo numérico em relação a conquista de medalhas. Não pensei nisso porque estou dando uma pausa. Mas uma das metas que tenho é competir em Tóquio em 2020. Espero (chegar lá), mas é preciso estar mentalmente e fisicamente preparada ? reconheceu Biles, que, no Rio-2016, encantou o público com sua série de solo, que terminava com um salto impressionante. ? Eu criei esse movimento quando tinha uns 10 anos. Desde então, faço esse salto em todas as minhas séries.

?Queridinha? do público e da mídia, ela acabou vendo sua vida exposta. Criada pelos avós, ela diz que essa não é uma questão que a atormente:

? Acho que todo mundo faz a história parecer um pouco mais triste do que é. Então, para mim, tudo o que eu consegui até aqui não tem nada a ver com a minha origem. É uma questão de paixão pelo esporte e o que estou conseguindo fazer com o talento que foi me dado.

A ginasta, que sofre de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, também comentou sobre o assunto. Ela precisa tomar um remédio, considerado proibido pela Wada, a Agência Mundial Antidoping, para manter a doença sobre controle.

? No começo, não afetou minha carreira, pois as crianças são um pouco hiperativas. Mas cresci e, na ginástica, é preciso 100% de foco quando se está nos aparelhos. Para não ter problemas, preciso apenas de um formulário extra (para tomar o remédio) ? explicou Biles.

A entrega do Prêmio Laureus será no dia 14 de fevereiro, em Mônaco.