Cotidiano

Galerias de arte fecharão as portas em protesto contra Trump

Com a hashtag #J20artstrike, várias galerias de arte nova-iorquinas estão marcando uma greve coletiva para a próxima sexta-feira, dia 20 de janeiro, quando pretendem fechar as portas para protestar contra a posse do presidente eleito Donald Trump.

Organizada em solidariedade às organizações Women Strike, #DisruptJ20, Ungovernable 2017, Disability March e Women?s March on Washington, o movimento envolve mais de 100 artistas visuais, curadores e galeristas, que assinam o manifesto publicado no site homônimo. Entre as assinaturas, estão as galerias White Columns, Smack Mellon, Alexander Gray Associates, Andrew Kreps, bit forms gallery, Canada, Cheim & Read e Essex Street, além das artistas Cindy Sherman e a ativista cubana Tania Bruguera.

Além da convocação da greve, o manifesto do #J20artstrike convoca espaços artísticos para a greve do J20 (20 de Janeiro), detalha que a ação é só o começo de um luta que ?permanecerá como faróis de ingovernabilidade à medida que a escuridão da era Trump recai sobre nós?. O texto diz ainda que ?este chamado não é só para o campo da arte. É feito em solidariedade com a demanda nacional que, em 20 de janeiro, os negócios não devem acontecer como de costume.?

Outro trecho diz: ?Consideramos o #J20artstrike como uma tática, entre outras, para combater a normalização ao Trumpismo ? uma mistura tóxica de supremacia branca, misoginia, xenofobia, militarismo e domínio oligárquico. Como qualquer tática, esta não é um fim em si mesma, mas, sim, uma intervenção que se ramificará no futuro. Não é uma greve contra a arte, o teatro ou qualquer outra forma cultural. É um convite para motivar essas atividades novamente, para re-imaginar esses espaços como lugares onde formas resistentes de pensamento, visão, sentimento e ação podem ser produzidas?.